"Comando liberta Pais Natal em cidade italiana" - in Público, 29/12/2006
Figuras penduradas em varandas desaparecem durante a noite e são levadas para um jardim público. Os comandos actuam de madrugada, são rápidos, silenciosos e eficazes: sobem às varandas e levam os Pais Natal insufláveis ali pendurados. No espaço de duas semanas desapareceram umas dezenas de figuras, num fenómeno por enquanto confinado a uma cidade do Norte de Itália: Bérgamo.
Há três dias, o mistério ficou parcialmente esclarecido: os Pais Natal não foram alvo de um roubo sem sentido e sim "libertados". O esclarecimento vinha num comunicado assinado pelo "Movimento de Libertação dos Pais Natal das Varandas".
A reivindicação explicava o porquê: "Nós, membros do movimento, queremos que acabe a moda de prender Pais Natal às varandas, porque ele é um espírito livre que visita a casa das pessoas boas. Ninguém pode prendê-lo à varanda, obrigando-o a visitar a sua casa. O Pai Natal vem a nossas casas só na noite de Natal. A casa dele é na Lapónia e não vive nas varandas ou nas janelas."
A nota tal como foi divulgada pelo diário Corriere della Sera incluía, no entanto, uma pista para os que tinham comprado as figurinhas insufláveis de vários tamanhos: "Se queres rever o teu Pai Natal, vai ao bosque, aquele perto da via férrea, onde poderás encontrá-lo." Era verdade, lá estavam eles.
Muito comentado em Bérgamo, o caso motivou em geral sorrisos, mas o Corriere revelou que alguns proprietários com menos sentido de humor apresentaram queixa na polícia.
A libertação dos Pais Natal tem evidentes semelhanças com o movimento que existe há alguns anos em França - e que ganhou ramificações em Itália - para libertar os anões de jardim.
Jornais locais arriscaram que a operação nas varandas da cidade poderia ter sido conduzida pelos mesmos activistas que se dedicam a raptar e libertar os anões de barro dos jardins. A suposição levou o Movimento Autonómo para a Libertação dos Anões de Jardim (em italiano, MALAG) a emitir um outro comunicado, rejeitando qualquer envolvimento e negando essa "calúnia".
Para não deixar dúvidas, o MALAG explicou, em três pontos, por que motivo a acção nas varandas de Bérgamo nunca poderia ter sido sua: "primeiro, porque o movimento quer libertar os anões e isso seria uma distracção da batalha principal"; segundo, porque o Pai Natal "não é uma criatura da floresta"; terceiro: "Porque queremos ver quem é que tem a coragem de se empoleirar numa varanda do segundo andar em pleno centro..."
Há que admirá-los pela imaginação, mas sinceramente... não têm mais nada para fazer??
A reivindicação explicava o porquê: "Nós, membros do movimento, queremos que acabe a moda de prender Pais Natal às varandas, porque ele é um espírito livre que visita a casa das pessoas boas. Ninguém pode prendê-lo à varanda, obrigando-o a visitar a sua casa. O Pai Natal vem a nossas casas só na noite de Natal. A casa dele é na Lapónia e não vive nas varandas ou nas janelas."
A nota tal como foi divulgada pelo diário Corriere della Sera incluía, no entanto, uma pista para os que tinham comprado as figurinhas insufláveis de vários tamanhos: "Se queres rever o teu Pai Natal, vai ao bosque, aquele perto da via férrea, onde poderás encontrá-lo." Era verdade, lá estavam eles.
Muito comentado em Bérgamo, o caso motivou em geral sorrisos, mas o Corriere revelou que alguns proprietários com menos sentido de humor apresentaram queixa na polícia.
A libertação dos Pais Natal tem evidentes semelhanças com o movimento que existe há alguns anos em França - e que ganhou ramificações em Itália - para libertar os anões de jardim.
Jornais locais arriscaram que a operação nas varandas da cidade poderia ter sido conduzida pelos mesmos activistas que se dedicam a raptar e libertar os anões de barro dos jardins. A suposição levou o Movimento Autonómo para a Libertação dos Anões de Jardim (em italiano, MALAG) a emitir um outro comunicado, rejeitando qualquer envolvimento e negando essa "calúnia".
Para não deixar dúvidas, o MALAG explicou, em três pontos, por que motivo a acção nas varandas de Bérgamo nunca poderia ter sido sua: "primeiro, porque o movimento quer libertar os anões e isso seria uma distracção da batalha principal"; segundo, porque o Pai Natal "não é uma criatura da floresta"; terceiro: "Porque queremos ver quem é que tem a coragem de se empoleirar numa varanda do segundo andar em pleno centro..."
Há que admirá-los pela imaginação, mas sinceramente... não têm mais nada para fazer??
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